segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Enchantment

Aguardava um dia de nevoeiro intenso, sem chuva ou pelos menos pouca chuva. Para que fosse possível fotografar. Após fazer o nascer do sol no vale  Glaciar junto ao Cavão D’ametade, dirigi-me para a Mata dos Carvalhais, junto ao Poço. O nevoeiro era tão denso, visível à poucos metros. Tecnicamente fotografar numa mata com nevoeiro denso não é fácil. Para conseguir imagens com total profundidade de campo o tempo da exposição rondava entre um segundo e cinco segundos, todo o cuidado era pouco qualquer brisa significava fotos desfocadas. 


"Enchantment"
 

"Enchantment" representa o local o momento e o espírito de Outono.  Um momento raro. Cinco segundos em que o vento parou para esta imagem ser possível.

Dados técnicos:
Canon EOS5D, 17 – 40mm, 5 Seg. @f/13 iso200  

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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Gerador de Creatividade


Junto à praia do Abano, no PNSC, existe um pequeno recanto com diversas oportunidades fotográficas. Nele encontrei esta rocha parecida com uma concha, similar a um “mil folhas”, na realidade desgastada pelos elementos ao longo de milhares de anos, apresenta-se nos dias de hoje com esta forma meio surreal.

Pretendia retratar este pedaço de paisagem de modo diferente, tinha algumas ideias como ponto de partida, talvez fotografar as estrelas, para um ambiente nocturno ou fundir a noite e as cores do crepúsculo ou iluminar a rocha com luz artificial como primeiro plano, de forma muito ténue e suave, para trazer um pouco de detalhe e interesse.

No total estive cerca de 4 horas com máquina exactamente no mesmo local.

Cheguei ao local duas horas antes do pôr-do-sol. Queria conseguir ficheiros com a maior flexibilidade possível. Ou seja, quando analisados no histograma teriam que estar o mais possível à direita sem queimar as luzes altas, e com o máximo de informação possível.
Só assim se consegue a flexibilidade necessária para tornar este tipo de imagens possíveis.


A primeira fotografia foi tirada dez minutos depois do pôr-do-sol.
Uma exposição de dois minutos a f/16, ISO 100 em que capto o mar em longa exposição assim como a luz do crepúsculo, mantendo as nuvens vermelhas e amarelas por baixo das estrelas e o mar com pouca textura.

A segunda fotografia foi feita cerca de 30 minutos a seguir ao pôr-do-sol.
Uma exposição de 4 minutos, f/7.1 com ISO 200 em que dei quatro flashes “manuais” laterais na rocha.
Aqui é um pouco mais difícil acertar o tempo de exposição com a quantidade de flashes necessários e respectiva direcção

Na terceira fotografia tinha como único objectivo captar as estrelas, portanto era imperativa uma exposição com tempo inferior a 30 segundos F/4, ISO 3200.

Tenho vindo a introduzir a iluminação artificial em certas imagens onde acho que faz sentido, pois encaro o flash como mais um elemento a ter em conta no processo criativo.

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